Para todos os que se sentem discriminados, abalados, deprimidos e subestimados... E para quem nasceu e quer conhecer histórias e personagens da Usina Junqueira. E com um pouco de humor, também, que ninguém é de ferro!
17 de março de 2007
CAMPANHA SÓRDIDA
Eu já disse e volto a repetir: uma campanha surda, sórdida e covarde vem sendo feita contra uma das classes mais inofensivas da atualidade. Os gordos, os obesos, os ‘fofinhos’, como todos gostam de nominar, são os mais discriminados elementos de nossa sociedade e não há quem se levante para defendê-los. Vamos aos fatos: já viu um gordo entrando num dos chamados carros populares? Nem digo como motorista, mas sim como passageiro. A cada dia que passa, os carros estão ficando cada vez menores, mais baixos e mais desconfortáveus. Quem diz que o gordo não faz ginástica nunca viu um sair de um carro destes. É pior do que uma academia. Pra andar de carro, só se for de kombi, van ou caminhão! Nos ônibus, a coisa é feia: a roleta foi feita para anoréxicos e o pobre gordo é obrigado a ficar na parte da frente, onde todos os que passam escondem um sorrisinho irônico que grita no canto da boca. E os banquinhos: só dois comportam indivíduos com uma imagem alternativa e, na maioria das vezes, estão ocupados. Os outros, feitos para uma criança, ainda têm um bracinho fixo do lado que impede que o obeso se sente. O que fazer: sacolejar pra lá e pra cá, segurando-se como pode para não cair, observando mais sorrisinhos irônicos no canto das bocas. E ninguém pra perceber aquele sofrimento e ceder o banco. Os gordos que se danem, não é mesmo? Nos bares, lanchonetes e restaurantes, as cadeiras de plástico (das quais já falei aqui) abundam (e como abundam!). Fora aqueles banquinhos redondos, altíssimos, que são uma tortura para quem tem dezenas de quilos a mais. Nem falo nos banheiros, que dificilmente permitem uma “manobra”: o gordo tem que entrar de ré senão não consegue se virar lá dentro. Até para descer as calças, tem que ser um malabarista nestes banheiros cada vez mais estreitos. A ditadura da magreza vem ganhando adeptos e os gordos, dia-a-dia, estão sofrendo com esta campanha covarde. Dentro de pouco tempo, se esta campanha for vitoriosa, o gordo estará perdido. Só que terá a sua desforra: com certeza, o mundo ficará cada vez mais triste.
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Um comentário:
oi sidnei,onde anda vc amigo? não escreve mais porque?um grande abraço muita saúde e muita paz.olga bernardes de queiroz barros.
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