Para todos os que se sentem discriminados, abalados, deprimidos e subestimados... E para quem nasceu e quer conhecer histórias e personagens da Usina Junqueira. E com um pouco de humor, também, que ninguém é de ferro!
10 de março de 2007
SÓ SOBRA PRO GORDO
Nestes dias de politicamente correto e patrulha cerrada contra a discriminação, há uma classe que vem sendo malhada, batida, espancada, surrada e vilipendiada e ninguém se levanta para defendê-la. Já perceberam que hoje tudo o que acontece de ruim, de tragédia, de engraçado é com um gordo? Pois então! Tudo começou devagarzinho, anos atrás, quando a galera que carrega grande parte das calorias do mundo comemorou: estreava a novela "Mulheres Apaixonadas" e, pela primeira vez, apareceu um personagem gordo que participava de um núcleo de destaque. Porém, ledo engano: o autor Manoel Carlos, ele também dono de uma 'imagem alternativa' (como os bons manuais do politicamente correto ensinam), tascou no coitado a pecha de broxa. Isso mesmo: o rapaz não 'comparecia' diante da mulher e passou quase metade da novela fazendo terapia até funcionar. Agora, no final de 'Páginas da Vida', o mesmo ator voltou interpretando um funcionário de hotel que ganha R$ 40 milhões na mega-sena. Sabe qual o destino do tal? Ganhou a fortuna, se juntou a uma piranha interesseira e virou corno-mor da novela. E a gente que tem nossos (exagerados) quilinhos a mais merece isso? Mas não é só isso: na série 'Lost', que a Globo passou até o final desta semana, há um personagem gordo. Bem gordo. Até que, num dos últimos capítulos da temporada, ele conseguiu encantar uma loira linda de olhos verdes. Tudo indicava que a coisa iria para os finalmentes, para gáudio da galera obesa do mundo todo. Porém, ele também viu-se discriminado pelos autores da série: no primeiro encontro com a moça, naquela ilha estranha mas parasidíaca, ficou a ver navios. A garota foi assassinada com dois tiros. É ou não uma injustiça para com esse pessoal que sofre para carregar quilos e quilos de banha a mais e que esfalfa-se para deixar de ser um simples ponto de referência? Temos que reclamar nossos direitos, entrar na justiça contra a discriminação e pedir chances iguais no emprego e na faculdade. Gordos: Uni-vos pelas cotas em todos os setores da sociedade. Vamos exigir nossos direitos!
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