Exatamente há um mês postei aqui uma crônica que havia sido publicada na edição do Comércio da Franca naquele dia, onde lembrava uma amizade e colaboração de 25 anos e lastimava a morte do jornalista Corrêa Neves, ocorrida no dia anterior. Poucas pessoas o conheceram intimamente como eu e podem, além disso, avaliar a sua importância não só para a minha vida, mas para dezenas de outros e de toda uma cidade inteira.
Poucas vezes se viu uma comoção geral como a registrada no velório do grande jornalista e mestre de várias gerações de profissionais da imprensa em Franca. Afinal, Corrêa Neves, antes de se tornar diretor-proprietário do Comércio da Franca (cujos investimentos somados à sua dedicação ímpar e entusiamo incomum transformaram num dos mais importantes do Interior do País) teve uma vida bastante movimentada, tendo saído de uma fazenda no município de Itirapuã (SP) para ser sapateiro em Franca (no mesmo prédio que, anos depois, comprou para sediar o jornal), seguindo ainda jovem para São Paulo onde, depois de passar por grandes dificuldades, iniciou-se na imprensa, venceu, acabou por se tornar assessor do governador Adhemar de Barros.
Na seqüência, transcrevo uma das reportagens (entre muitas) sobre a trajetória de Corrêa Neves numa das edições de aniversário do jornal. Resolvi manter o texto original, quando Corrêa ainda estava vivo e atuante, há cinco anos atrás, quando o Comércio completava 85 anos de vida...
Corrêa e 'Comércio': imagens indissociáveis
Fica muito difícil, hoje em dia, dissociar a imagem do jornalista Corrêa Neves do jornal Comércio da Franca. Afinal, se o jornal atingiu um estágio que o coloca ombro a ombro com os grandes veículos do mundo, incorporando todas as tecnologias até hoje existentes para levar aos seus leitores um produto da mais alta qualidade, tudo isso se deve ao jornalista que deixou sua Itirapuã natal ainda adolescente para vencer no jornalismo da Capital. Corrêa Neves tem a movê-lo um profundo amor por Franca e região. Fez muito pela região e se orgulha disto, embora tenha recebido pequeno reconhecimento por sua importância para a cidade.
Corrêa Neves nasceu na pequena Itirapuã. Sua infância foi marcada por muito trabalho mas foi preponderante para a sua formação. “Sabia que não seria nada fácil 'vencer na vida’ sozinho: fui aprendiz de sapateiro, mais tarde de pedreiro; estudante no antigo Madureza, para alcançar a meta de ser jornalista, quando rumei para São Paulo”, diz ele. Em Franca, trabalhou como pregador de saltos no mesmo prédio onde hoje está instalado o Comércio.
Depois de passar enorme dificuldades pelas ruas da Capital, Corrêa Neves conseguiu vencer, residindo em pensões e repúblicas de estudantes do antigo Centro, onde acabaria por se tornar conhecido por meio de suas audaciosas reportagens, sempre destacadas na boa equipe que formava a redação do extinto jornal Última Hora, de Samuel Wainer, um marco no jornalismo brasileiro. Daqueles tempos, Corrêa Neves diz trazer boas e más recordações: “boas, porque aprendi ali o que era importante saber para viver; más, porque também senti o gosto amargo da fome, da dificuldade para subir degraus enormes para um menino franzino, ex-sapateiro da Cia. Palermo e ex-padeiro do Horácio D’Elia. Mas obtive uns trunfos importantes, especialmente no meio jornalístico, como o de saber preservar informações, publicar assuntos que realmente davam ‘ibope’ na profissão em que despontava e em meio às dificuldades de uma capital que ainda não era uma metrópole mas já era a maior cidade do País. Mas venci e hoje, sinceramente, tenho saudade de todos aqueles momentos bons ou maus que passei. Tudo me ensinou que, na vida, importa mesmo é saber viver e caminhar na direção de uma meta, de um compromisso íntimo que a gente possa realizar plenamente”.
Porém, o jornalista Corrêa Neves não ficou parado aí. Colocou-se lado a lado com o líder do então PSP, o médico e mais famoso político dos anos 40/60 de São Paulo: dr. Adhemar Pereira de Barros, figura legendária que lhe renderia além da amizade e da presença constante como fiel escudeiro e assessor de Imprensa, uma infindável vivência no poder. Corrêa, então, buscou a candidatura a deputado estadual e em duas ocasiões chegou a ser suplente na Assembléia Legislativa de São Paulo, mas foi eleito mesmo em “dobradinha” com o médico José Lancha Filho, do qual foi vice, no período de 1968/1972, em Franca.
Mais tarde, deixando a política de vez e assumindo o lado jornalista/empresário, Corrêa Neves buscava, no íntimo, sua realização também como pai e chefe de família, casando com a professora Sônia Machiavelli, com quem teve dois filhos. Júnior, hoje editor-executivo com a mãe editora-chefe e presidente do Conselho de Administração, ambos no Comércio da Franca, e o André Luís, empresário. Nessa família chegaria, então, a neta Júlia Ribeiro Corrêa Neves, filha de Júnior, para completar sua felicidade e de todos que os querem bem...
Corrêa Neves ainda não pensa em aposentadoria. Afinal, quem o conhece sabe que seu espírito irriquieto não o deixaria parado. Todos os dias lá está ele, em sua sala, dirigindo o jornal e procurando se inteirar do andamento da edição, mesmo que a redação não seja mais a pequena sala de décadas atrás. Mas ainda é ele quem dita a linha editorial, os temas, as manchetes. Dele são as melhores idéias, sempre executadas pela equipe jovem, liderada por Corrêa Neves Jr. Quanto à sua sucessão no Comércio, é enfático: “Não penso nisso porque, afinal de contas, sei que não levarei para o túmulo nada do que juntei em vida e assim, venho todos os dias quando a saúde permite ao ambiente do jornal Comércio da Franca, um patrimônio que não é de minha exclusiva propriedade, mas sim da própria história da cidade e região, ocupando honrosamente a galeria dos mais expressivos jornais diários do Brasil (onde é o 24º ainda circulando, neste século) e dos mais modernos e bem elaborados de todo o mundo. ‘Sucessão’ aqui é natural porque a empresa é minha mas os herdeiros dela terão que honrar a circulação do Comércio sem um limite de tempo. Por isso, o trabalho é constante, a dedicação permanente e o sucesso uma conseqüência”.
Amigo dos amigos (usa sempre a máxima que lhe foi transmitida por Adhemar de Barros: “aos amigos, todos os favores possíveis; aos inimigos, a lei”), Corrêa Neves preza a lealdade e a gratidão. Abomina os desleais e os ingratos. E não admite (para ele não existem desculpas que o amenizem) o roubo. Às vezes costuma voltar com melancolia ao passado: “Perdi amigos de forma trágica, como o ex-delegado Pláucio Presotto e também muitos entes queridos, mas sinto mesmo uma grande saudade de minha mãe, a quem gostaria de ainda ter viva, para lhe acariciar a face e agradecer por tudo que me deu de bom. Na vida que tive e tenho sinceramente não dá para enumerar com destaque, ‘esse’ ou ‘aquele’ episódio, mas procuro sempre viver com sabedoria, especialmente aquilo que mais tenha trazido alegria (para repeti-las com toda intensidade!) ou tristezas (para não reprisá-las). Enquanto trabalhava na capital e viajava pelo mundo afora, tive oportunidades marcantes de, por exemplo, jantar com o ex-presidente francês Charles De Gaulle, beijar a mão e ser abençoado pelos papas Pio XII e João XXIII, entre tantos dignatários estrangeiros que conheci. Talvez me ocupe, não sei quando, de ditar minhas memórias...”
O jornalista Corrêa Neves, com aquela inquietude que só os grandes jornalistas têm como virtude, cerca-se de informações o dia todo. Lê diariamente, além do Comércio (sempre com olhos críticos), todos os jornais da Capital. Sua televisão (em casa ou no jornal) está sempre sintonizada em algum noticiário (inclusive canais em lín gua espanhola). Ele com certeza acompanha tudo o que acontece no mundo.
Na seqüência, transcrevo uma das reportagens (entre muitas) sobre a trajetória de Corrêa Neves numa das edições de aniversário do jornal. Resolvi manter o texto original, quando Corrêa ainda estava vivo e atuante, há cinco anos atrás, quando o Comércio completava 85 anos de vida...
Corrêa e 'Comércio': imagens indissociáveis
Fica muito difícil, hoje em dia, dissociar a imagem do jornalista Corrêa Neves do jornal Comércio da Franca. Afinal, se o jornal atingiu um estágio que o coloca ombro a ombro com os grandes veículos do mundo, incorporando todas as tecnologias até hoje existentes para levar aos seus leitores um produto da mais alta qualidade, tudo isso se deve ao jornalista que deixou sua Itirapuã natal ainda adolescente para vencer no jornalismo da Capital. Corrêa Neves tem a movê-lo um profundo amor por Franca e região. Fez muito pela região e se orgulha disto, embora tenha recebido pequeno reconhecimento por sua importância para a cidade.
Corrêa Neves nasceu na pequena Itirapuã. Sua infância foi marcada por muito trabalho mas foi preponderante para a sua formação. “Sabia que não seria nada fácil 'vencer na vida’ sozinho: fui aprendiz de sapateiro, mais tarde de pedreiro; estudante no antigo Madureza, para alcançar a meta de ser jornalista, quando rumei para São Paulo”, diz ele. Em Franca, trabalhou como pregador de saltos no mesmo prédio onde hoje está instalado o Comércio.
Depois de passar enorme dificuldades pelas ruas da Capital, Corrêa Neves conseguiu vencer, residindo em pensões e repúblicas de estudantes do antigo Centro, onde acabaria por se tornar conhecido por meio de suas audaciosas reportagens, sempre destacadas na boa equipe que formava a redação do extinto jornal Última Hora, de Samuel Wainer, um marco no jornalismo brasileiro. Daqueles tempos, Corrêa Neves diz trazer boas e más recordações: “boas, porque aprendi ali o que era importante saber para viver; más, porque também senti o gosto amargo da fome, da dificuldade para subir degraus enormes para um menino franzino, ex-sapateiro da Cia. Palermo e ex-padeiro do Horácio D’Elia. Mas obtive uns trunfos importantes, especialmente no meio jornalístico, como o de saber preservar informações, publicar assuntos que realmente davam ‘ibope’ na profissão em que despontava e em meio às dificuldades de uma capital que ainda não era uma metrópole mas já era a maior cidade do País. Mas venci e hoje, sinceramente, tenho saudade de todos aqueles momentos bons ou maus que passei. Tudo me ensinou que, na vida, importa mesmo é saber viver e caminhar na direção de uma meta, de um compromisso íntimo que a gente possa realizar plenamente”.
Porém, o jornalista Corrêa Neves não ficou parado aí. Colocou-se lado a lado com o líder do então PSP, o médico e mais famoso político dos anos 40/60 de São Paulo: dr. Adhemar Pereira de Barros, figura legendária que lhe renderia além da amizade e da presença constante como fiel escudeiro e assessor de Imprensa, uma infindável vivência no poder. Corrêa, então, buscou a candidatura a deputado estadual e em duas ocasiões chegou a ser suplente na Assembléia Legislativa de São Paulo, mas foi eleito mesmo em “dobradinha” com o médico José Lancha Filho, do qual foi vice, no período de 1968/1972, em Franca.
Mais tarde, deixando a política de vez e assumindo o lado jornalista/empresário, Corrêa Neves buscava, no íntimo, sua realização também como pai e chefe de família, casando com a professora Sônia Machiavelli, com quem teve dois filhos. Júnior, hoje editor-executivo com a mãe editora-chefe e presidente do Conselho de Administração, ambos no Comércio da Franca, e o André Luís, empresário. Nessa família chegaria, então, a neta Júlia Ribeiro Corrêa Neves, filha de Júnior, para completar sua felicidade e de todos que os querem bem...
Corrêa Neves ainda não pensa em aposentadoria. Afinal, quem o conhece sabe que seu espírito irriquieto não o deixaria parado. Todos os dias lá está ele, em sua sala, dirigindo o jornal e procurando se inteirar do andamento da edição, mesmo que a redação não seja mais a pequena sala de décadas atrás. Mas ainda é ele quem dita a linha editorial, os temas, as manchetes. Dele são as melhores idéias, sempre executadas pela equipe jovem, liderada por Corrêa Neves Jr. Quanto à sua sucessão no Comércio, é enfático: “Não penso nisso porque, afinal de contas, sei que não levarei para o túmulo nada do que juntei em vida e assim, venho todos os dias quando a saúde permite ao ambiente do jornal Comércio da Franca, um patrimônio que não é de minha exclusiva propriedade, mas sim da própria história da cidade e região, ocupando honrosamente a galeria dos mais expressivos jornais diários do Brasil (onde é o 24º ainda circulando, neste século) e dos mais modernos e bem elaborados de todo o mundo. ‘Sucessão’ aqui é natural porque a empresa é minha mas os herdeiros dela terão que honrar a circulação do Comércio sem um limite de tempo. Por isso, o trabalho é constante, a dedicação permanente e o sucesso uma conseqüência”.
Amigo dos amigos (usa sempre a máxima que lhe foi transmitida por Adhemar de Barros: “aos amigos, todos os favores possíveis; aos inimigos, a lei”), Corrêa Neves preza a lealdade e a gratidão. Abomina os desleais e os ingratos. E não admite (para ele não existem desculpas que o amenizem) o roubo. Às vezes costuma voltar com melancolia ao passado: “Perdi amigos de forma trágica, como o ex-delegado Pláucio Presotto e também muitos entes queridos, mas sinto mesmo uma grande saudade de minha mãe, a quem gostaria de ainda ter viva, para lhe acariciar a face e agradecer por tudo que me deu de bom. Na vida que tive e tenho sinceramente não dá para enumerar com destaque, ‘esse’ ou ‘aquele’ episódio, mas procuro sempre viver com sabedoria, especialmente aquilo que mais tenha trazido alegria (para repeti-las com toda intensidade!) ou tristezas (para não reprisá-las). Enquanto trabalhava na capital e viajava pelo mundo afora, tive oportunidades marcantes de, por exemplo, jantar com o ex-presidente francês Charles De Gaulle, beijar a mão e ser abençoado pelos papas Pio XII e João XXIII, entre tantos dignatários estrangeiros que conheci. Talvez me ocupe, não sei quando, de ditar minhas memórias...”
O jornalista Corrêa Neves, com aquela inquietude que só os grandes jornalistas têm como virtude, cerca-se de informações o dia todo. Lê diariamente, além do Comércio (sempre com olhos críticos), todos os jornais da Capital. Sua televisão (em casa ou no jornal) está sempre sintonizada em algum noticiário (inclusive canais em lín gua espanhola). Ele com certeza acompanha tudo o que acontece no mundo.
Quando fala do muito que fez pela cidade de Franca, o jornalista Corrêa Neves acaba se traindo e demonstrando uma certa tristeza. Afinal, ele não aceita a ingratidão. “Pena que a memória do povo seja tão frágil e que os espertalhões da política também continuem sendo prestigiados pelos eleitores desinformados. Mas, por exemplo, não costumam rememorar os acertos e as benesses: só se lembram dos erros e das perdas. Porém a história cuidará de fazer um pouco de justiça a quem luta por um ideal e o oferece à sua gente. Contribuí de forma desinteressada para que o dr. Adhemar de Barros assinasse, quando governador, o decreto que criou a antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Franca, agora transformada em Faculdade de História, Direito e Serviço Social, como parte integrante da Unesp. Minha contribuição ainda dá frutos e premia, com o saber, a cultura e o doutoramento, milhares de estudantes e professores que podem desfrutar de uma instituição como essa, que me orgulha muito ter dado a Franca. De resto, acho que nem preciso mais me preocupar para trazer à lembrança de agora. Foram conquistas, não favores que fiz. É isso aí...”
Sobre sua experiência na direção da A.A. Francana ele não gosta nem de lembrar, rechaçando qualquer proposta para voltar. “Acho que fiz minha parte e dei minha contribuição ao clube, mesmo que hoje se revista de uma entidade pouco interessante, diante das dificuldades financeiras de agora. Por outro lado não tenho ‘preparo físico’ para isso e muito menos disposição intelectual para me imiscuir nesse assunto, tão complicado e mal engendrado nos últimos tempos. Os francanos de verdade vão saber, espero eu, encaminhar as coisas pelo bem do clube e da alegria popular...”
O jornalista Corrêa Neves, acima de tudo, mostrou-se um grande administrador à frente do Comércio. Sempre manteve a ponderação e soube comandar a expansão do jornal (em todos os sentidos) no momento certo. Para ele, o mais importante sempre foi o Comércio e nunca procurou formar um “império de comunicações”. “A chance que me apareceu em diversas oportunidades não se afinava com os interesses de então, quer fossem no aspecto financeiro ou econômico e empresarial: criar ‘impérios” nessa área é muito perigoso e às vezes inconveniente, porque nos impõem tantas trocas e barganhas que podem inviabilizar qualquer negócio, tornando-nos ‘escravos’ de outros interesses. E também porque decidi me aprimorar numa só área para realizá-la com o que houver de melhor no mundo. Optei pelo que sempre fiz e gostei de fazer: a Imprensa, com o Jornalismo independente, sério e evoluído que tentamos fazer aqui”.
Quanto à concorrência, Corrêa Neves diz que “se feita com lealdade é positiva, salutar e saudável para o meio em que estivermos. Acredito que a resposta dos leitores dando a preferência sempre absoluta de quase 85% para o nosso Comércio da Franca é o resultado prático daquilo que fazemos nesse empreendimento editorial. Tomara que exista sempre uma concorrência, ou melhor, uma participação de outros veículos no mercado para tornar o segmento interessante, sempre vivo e acalorado na busca da perfeição que nunca será atingida por inteiro. Afinal, quem trabalha com intenção séria de crescer e prosperar, passando essa atitude conceitual à sua equipe, nem vê a concorrência caminhar. É isso que nos dá motivação maior para seguir lutando...”
Corrêa Neves, porém, não deixa de olhar para a frente, para o futuro, como sempre fez em sua vida pessoal e profissional. “As coisas têm caminhado tão rapidamente que o futuro acontece a todo instante, de forma prática e às vezes conflitante com a teoria. Por isso acredito que o nosso jornal tem tudo para se tornar, a cada dia, um pilar sólido na construção do futuro para as próximas gerações. A informação que é do interesse público será sempre privilegiada no contexto da qualificação técnica que alcançarmos. Para um bom jornal sobreviver e se manter como o nosso, por 85 anos, muitos ingredientes são importantes. Até a depuração de seus artigos e colaboradores selecionados entre os melhores e do agrado geral, àqueles que fazem a tarefa árdua de, todas as madrugadas, levar o jornal prontinho para ser apreciado pelo leitor. Cultivando novos talentos, preservando os melhores que temos e que conosco comungam tais princípios, só poderemos brindar, com alegria, cada ‘virada de ano’ como essa que sempre nos enche de emoção e alegria no fechamento de cada primeiro semestre. É hora e vez de brindar e partilhar com todos, tudo isso”, finaliza. O jornalista Corrêa Neves é muito mais do que um simples perfil pode mostrar. Figura marcante e enérgica, fez-se através do trabalho e acredita que somente com trabalho é possível atingir todos os objetivos traçados.
Sobre sua experiência na direção da A.A. Francana ele não gosta nem de lembrar, rechaçando qualquer proposta para voltar. “Acho que fiz minha parte e dei minha contribuição ao clube, mesmo que hoje se revista de uma entidade pouco interessante, diante das dificuldades financeiras de agora. Por outro lado não tenho ‘preparo físico’ para isso e muito menos disposição intelectual para me imiscuir nesse assunto, tão complicado e mal engendrado nos últimos tempos. Os francanos de verdade vão saber, espero eu, encaminhar as coisas pelo bem do clube e da alegria popular...”
O jornalista Corrêa Neves, acima de tudo, mostrou-se um grande administrador à frente do Comércio. Sempre manteve a ponderação e soube comandar a expansão do jornal (em todos os sentidos) no momento certo. Para ele, o mais importante sempre foi o Comércio e nunca procurou formar um “império de comunicações”. “A chance que me apareceu em diversas oportunidades não se afinava com os interesses de então, quer fossem no aspecto financeiro ou econômico e empresarial: criar ‘impérios” nessa área é muito perigoso e às vezes inconveniente, porque nos impõem tantas trocas e barganhas que podem inviabilizar qualquer negócio, tornando-nos ‘escravos’ de outros interesses. E também porque decidi me aprimorar numa só área para realizá-la com o que houver de melhor no mundo. Optei pelo que sempre fiz e gostei de fazer: a Imprensa, com o Jornalismo independente, sério e evoluído que tentamos fazer aqui”.
Quanto à concorrência, Corrêa Neves diz que “se feita com lealdade é positiva, salutar e saudável para o meio em que estivermos. Acredito que a resposta dos leitores dando a preferência sempre absoluta de quase 85% para o nosso Comércio da Franca é o resultado prático daquilo que fazemos nesse empreendimento editorial. Tomara que exista sempre uma concorrência, ou melhor, uma participação de outros veículos no mercado para tornar o segmento interessante, sempre vivo e acalorado na busca da perfeição que nunca será atingida por inteiro. Afinal, quem trabalha com intenção séria de crescer e prosperar, passando essa atitude conceitual à sua equipe, nem vê a concorrência caminhar. É isso que nos dá motivação maior para seguir lutando...”
Corrêa Neves, porém, não deixa de olhar para a frente, para o futuro, como sempre fez em sua vida pessoal e profissional. “As coisas têm caminhado tão rapidamente que o futuro acontece a todo instante, de forma prática e às vezes conflitante com a teoria. Por isso acredito que o nosso jornal tem tudo para se tornar, a cada dia, um pilar sólido na construção do futuro para as próximas gerações. A informação que é do interesse público será sempre privilegiada no contexto da qualificação técnica que alcançarmos. Para um bom jornal sobreviver e se manter como o nosso, por 85 anos, muitos ingredientes são importantes. Até a depuração de seus artigos e colaboradores selecionados entre os melhores e do agrado geral, àqueles que fazem a tarefa árdua de, todas as madrugadas, levar o jornal prontinho para ser apreciado pelo leitor. Cultivando novos talentos, preservando os melhores que temos e que conosco comungam tais princípios, só poderemos brindar, com alegria, cada ‘virada de ano’ como essa que sempre nos enche de emoção e alegria no fechamento de cada primeiro semestre. É hora e vez de brindar e partilhar com todos, tudo isso”, finaliza. O jornalista Corrêa Neves é muito mais do que um simples perfil pode mostrar. Figura marcante e enérgica, fez-se através do trabalho e acredita que somente com trabalho é possível atingir todos os objetivos traçados.
Um comentário:
oi...precisamos mesmo saber sobre a vida de pessoas como Corrê Neves que valoriza cada passo dado e tudo o que se conquista com luta e sabedoria...e mostrar que nem sempre é facil se chegar ao sucesso sem passar por varios obstaculos...e de homens assim que o Brasil precisa..muito legal da sua parte falar da vida de um homem que vale a pena ser lembrado por tudo o que fez e pricipalmente por tudo o que ele é...beijos nesse coraçao enorme que vc tem...Hebe
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