16 de agosto de 2005

O BANHO DO GATO

Na família, já sabem: Ribeiro que é Ribeiro tem que ser teimoso... E isto vem de berço: Ribeiro perde as calças mas não perde uma discussão... mesmo estando redondamente (e, comigo, é batata!) enganado. Pois bem, quando eu era criança, tinha uns cinco anos, testava a paciência dos irmãos com uma teimosia de muar: insistia até tentar fazer os outros acreditarem ser pedra um pedaço de pau. Minha irmã, Luci, era a vítima preferencial. Mas por conta desta teimosia familiar, congênita mesmo, também me ferrei algumas vezes. Como daquela quando resolvi que iria dar um banho num dos gatos que tínhamos. Ainda morava na rua 4 da Usina (casa número vinte, endereço que nunca esqueci) e tínhamos alguns bichanos. Quando nos mudamos pra pracinha, no início da década de 70, começou a coleção de felinos de minha mãe: de uma gata negra, angorá, chegou-se a uma criação de 27 gatos que surgiam de todos os cantos ao mínimo cheiro de carne. Voltando a 1967, estávamos eu e meu irmão Wilson sozinhos em casa e eu comecei a azucriná-lo, querendo tomar banho de bacia (coisa de moleque, mesmo). Mesmo tendo chuveiro em casa, gostava de tomar banho numa bacia enorme que mamãe tinha em casa e usava para quarar roupas brancas. Mas já tinha em mente colocar o gato junto comigo, pra ver sua reação à água. Meu irmão percebeu e alertou para o perigo. Eu, esperando que ele vissasse as costas para buscar a toalha, agarrei o bichano e fui para a bacia d'água. Meu irmão só ouviu um miado, barulhos na água e um berro, meu! Ao chegar na cozinha, onde tinha colocado a bacia, deparou-se com o quadro: água pra todo lado, eu com cara de tacho e o peito inteiramente arranhado pelas unhas afiadas do gato. Que ficou um bom tempo sem passar perto de mim...

Um comentário:

Anônimo disse...

oi....hummmm,entao os Ribeiros sao teimosos..rsrs...beijos...Hebe