Para todos os que se sentem discriminados, abalados, deprimidos e subestimados... E para quem nasceu e quer conhecer histórias e personagens da Usina Junqueira. E com um pouco de humor, também, que ninguém é de ferro!
21 de agosto de 2018
COISAS DE ANIMAIS
Desde pequeno, na minha querida Usina Junqueira (ali pertinho de Igarapava), sempre convivi com animais. No início, predominantemente gatos. Conheci vários destes animaizinhos especiais, como o Xaninho, quando ainda morava na rua Quatro número 20, que se recusava a perseguir ratos ou outros animais. E, mais tarde, na "pracinha", tínhamos o Pretinho, uma gata angorá arisca que, tarde demais, descobrimos ser fêmea. O nome ficou e a sua braveza também... O Tigrinho, que seguiu minha mãe por várias ruas, se instalou em casa e passou a "pastorear" os pintainhos que fugiam pelas malhas da cerca do galinheiro, colocando-os a tapinhas para dentro do cercado. E, ainda, "filava" a ração das galinhas (farelo de milho embebido em água). Também tivemos o Cat, que em casa se portava como "protetor" da mamãe. Mas depois descobrimos que ele tinha outra casa, duas ruas abaixo (rumo ao "escadão"), onde atendia por Xaninho. E ele só atendia pelo nome que recebeu em cada casa. Pois hoje, depois de ter alguns cachorros (como o Hércules I, que tirava o cigarro da minha boca e destruía os maços se eu deixasse ao seu alcance; o Hércules II, que trazia os jornais da garagem para a sala desde que não esyivessem vendo; o Thor, que entrou em casa e não quis mais sair), todos definitivamente viralatas. E a Belinha, mestiça poodle com viralata, pretinha e peluda, que adorava andar de carro. Hoje, tenho duas cadelinhas que me divertem. Uma, a Neguinha, uma mistura de basset com viralatas e fox. Toda preta, como o nome diz, é, como se dizia antigamente, impossível: destrói jornais, cobertores, almofadas, ederedons... Chora quando a Naílce sai de casa, olhando pela janela... Chora quando está adorando o carinho... Rosna quando eu lhe faço carinho. Mostra os dentes pra todos, mas para a Gleice ocorre em qialquer situação: alegria, animosidade... A Neguinha é destas cachorras a qual não conseguimos colocar freio e muito menos ensinar truques: não brinca (só "pega fogo" quando está muito feliz, junto com a "irmã" Lili, da qual falarei logo em seguida). A Neguinha tem uma paixão: Kauany, que passou quase todos os seus primeiros anos (uma vez por semana) em minha casa: quando a minha sobrinha-neta linda vem aqui, Neguinha a segue por todo o canto e as duas acabam quase sempre dormindo juntas no sofá. Já a Lili, que já chegou em casa com uns dois anos (a Neguinha tinha poucos meses; as duas chegaram no mesmo dia), é viralatas assumida. Volta e meia tenta fugir para a rua. Quando consegue, sai "cumprimentando" todos os seus semelhantes, presos ou não. Escandalosa, se a impedem de fugir, apronta um berreiro como se estivesse sendo espancada. É mais inteligente que a Neguinha, obedece com mais facilidade, mas fica desesperada com foguetes, rojões, trovões ou uma porta batando. Quando a "adotei" tive muita dificuldade de conseguir a sua confiança: tinha sido abandonada em uma caçamba com seis filhotes. Resgatada por almas boas do Bicho Feliz, não conseguia encontrar um lar. Hoje estão as duas aqui, a encrenqueira Neguinha e a carente Lili que exige carinho e atenção o tempo todo. São alegrias para mim e para Naílce, mas também sabem nos deixar nervosos. São como filhas que cuidamos, alimentamos e acarinhamos com a maior satisfação.
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