29 de outubro de 2012

PAPAI, PAIZINHO...

Não há nada melhor do mundo do que ser pai. Mesmo sendo pai por vias tortas, como aconteceu comigo. Ariane, minha primeira "filha", foi uma conquista, uma bênção, um presente de Deus. Chegou em casa com poucos meses, desnutrida e por quem me apaixonei logo que a vi. Linda, de pele cor de ébano (como só existe na Bahia, disse uma garota de Feira de Santana quando a viu pela primeira vez), veio de Salvador direto para meus braços. Hoje, uma pré-adolescente, adotada por minha irmã Luci, ainda me chama de papai, o que deixa a manina "cabeça de melão" totalmente perdida, pois não sabe se fala de mim ou do Alemão, meu cunhado. Tê-la nos braços, vê-la crescer e se desenvolver é uma bênção que só os pais podem desfrutar. A minha segunda filha é a Drika (não admite que eu a chame de Adriely, mesmo que todo mundo a chame assim). E, carinhosamente, só me trata de paizinho. Conheci-a quando tinha onze anos (hoje  tem 19) e também foi amor à primeira vista. Não me imagino sem a Drika na minha vida -- e creio que ela também pense assim, já que me deu provas mais do que suficientes de amor filial. É uma filha que liga de madrugada para saber de um filme e que conseguiu me levar pra frente da TV para ver filme da saga Crepúsculo (como a mãe dela já me fez ver muita comédia romântica, gênero que não está entre os meus preferidos). Não tenho como questionar os desígnios divinos: Deus deu-me filhas postiças e não naturais por alguma razão. Mesmo assim, não deixo de amá-las como o pai que sempre fui: protetor, exigente e exageradamente apaixonado por duas das razões da minha vida. Quem sabe um dia também não fale das outras?

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