Para todos os que se sentem discriminados, abalados, deprimidos e subestimados... E para quem nasceu e quer conhecer histórias e personagens da Usina Junqueira. E com um pouco de humor, também, que ninguém é de ferro!
24 de março de 2011
BALAS COMO PAGAMENTO
Lá no blog do Zezé (Taio) e do Cícero, vi algumas fotos que trouxeram-me algumas lembranças. Não sei se vou cometer uma "barriga" aqui (como usamos no jargão jornalístico quando a notícia é total ou parcialmente inverídica), mas acho que o fato aconteceu com dona Almerinda Tonasso. A história é verídica mas não sei se acerto a personagem. Olhando a foto dela, acho que estou acertando. Lembro-me dela andando por toda a Usina Junqueira, passos rápidos, falando alto com todo mundo. Não era de ficar parada. Na década de 70 (acho que por volta de 1972), quando abriu o supermercado no lugar do antigo armazém, dona Almerinda sempre estava por lá, comprando alguma coisa (leite, detergente, coisas miúdas). E, todas as vezes, recebia o troco em balas. Quem estava por perto — e a conhecia bem — sabia que a coisa não acabaria bem. Uma certa vez ela foi ao supermercado, fez a compra, passou os produtos e, na hora de pagar, despejou no balcão do caixa uma infinidade de balas. A atendente tentou recusar mas teve que ouvir uma descompostura de dona Almerinda, porque ela estava entregando todas as balas que vinha recebendo como troco. Ela disse que estava fazendo com o supermercado o mesmo que o supermercado fazia com ela: usando balas como dinheiro. Só com a intervenção do gerente é que o supermercado aceitou receber as balas como pagamento. O que sei é que nunca mais, pelo menos para ela, as caixas devolviam balas como troco. Elas se viravam para arrumar moedas e troco miúdo para evitar uma nova situação como a que tinha acontecido. Como eu já disse, o caso é verídico. Será que eu acertei a personagem?
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5 comentários:
Olá Sidnei, sou o Geraldo, irmão do Saturno, que aos 9 anos foi goleiro de FutSal do mestre Sebastião Ribeiro, gosto de futebol até hoje e pratico(53anos), dona Almerinda era vó de minha esposa,filha do JoãoTonasso,Roseli. Fui amigo do Gerson, voce é 04 anos mais novo e não tínhamos muito contato, fico feliz que se tornou um Jornalista de ponta. Seus pais era pessoas muito queridas na Junqueira, a geléia que tua mae fazia, tinha marca registrada de tão boa. Abraços e veja no Orkut Geraldo Medeiros que voce poderá ver meu album e me adicionar.
Felicidades a tú e a Lucila.
Claro que me lembro de vc, inclusive pelas fotos que vi no blog Usina Junqueira - Porto Felicidade. Vc era goleiro e eu era o juiz no futebol de salão, tanto em treinos como em jogos... Lembro-me do Saturno também, grande rival de meu irmão Hamilton na sinuca e cuja qualidade no pingue-pongue levou-me a me aprimorar para enfrentá-lo, eu moleque e ele já adulto, na mesa que tinha no clube. Vou adicionar vc no meu Orkut, sim...
Geraldo, meu caro: não consegui adicionar vc no Orkut pq não tenho seu e-mail.
Oi Sidnei, tudo bem? Vira e mexe venho aqui ler seu blog. Acho bacana porque ele conta "causos" pitorescos da minha saudosa Franca, a nossa Franca do Imperador. Fazia um tempo que eu não lia, pois achava que você tinha parado de escrever no blog. Então os jornalistas chamam de "barriga" quando sai uma notícia furada? Hahaha. Eu já tinha escutado isso antes, mas não sabia o que significava. Mas vem cá, tira uma dúvida minha. No jornalismo, nos dias seguintes à publicação das matérias, como funciona a avaliação delas? Nas tais reuniões de pauta rola uma discussão sobre o que ficou bom e o que não ficou? Antes da matéria ser publicada eu sei como é porque já vi na TV: o jornalista vai lá, averigua, escreve, publica e tal. O que eu não sei é como funciona a avaliação das reportagens depois que elas saem. A gente que é leigo sempre tem curiosidade pra saber como é isso. Abraço. Continue escrevendo. Alessandro Soares
Meu caro: a avaliação sobre a qualidade de um texto normalmente é feita antes mesmo da publicação, pelos editores. Posteriormente vê-se a sua repercussão e se não houve falhas na apuração.
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