Para todos os que se sentem discriminados, abalados, deprimidos e subestimados... E para quem nasceu e quer conhecer histórias e personagens da Usina Junqueira. E com um pouco de humor, também, que ninguém é de ferro!
25 de fevereiro de 2011
VOLTA AO PASSADO
Ao passear pelo blog Usina Junqueira - Porto Felicidade, do Zezé (Taio) e Cícero, com uma série de fotos da Usina Junqueira, além de fatos e nomes de pessoas que eu conheci por lá, uma onda de nostalgia bateu no peito deste (já) velho jornalista (falta um para os cinquenta). Nomes como Vermelho, Vitor, Cacaolho e muitos outros, jogadores do time de futebol da Usina, afloraram na mente. Assim como Zina e Sérgio (goleiros que também defendiam o time de futebol de salão treinado pelo meu pai). E tenho que dar razão aos que moraram por lá e viram os excelentes times de futebol formados por ali, que não davam vez para times como Nacional e Uberaba Esporte (profissionais) e o Igarapava S. C. (cujos jogos terminavam em brigas homéricas entre os torcedores dos dois times, fossem eles na Usina ou então em Igarapava). A poderosa "Caçulinha", com seu uniforme azul e um símbolo que era uma engrenagem costurada na camiseta, não dava chances a ninguém. Quanto as brigas, não posso furtar-me a dizer que, no final da década de 1960, eram iniciadas sempre pelo Eurípedes, o meu irmão Babão. Nesta também entrava o Hamilton, outro irmão (que travava embates homéricos com o Saturno, na mesa de sinuca, com este último, na maioria das vezes, levando a melhor). Quando a Usina jogava com o time de Igarapava, mamãe (santa!) não permitia que eu fosse (eu tinha uns seis anos) por causa do quebra-pau que finalizava os jogos. Como papai não gostava de nos levar (Gérson, Luci e eu, os filhos menores), a gente ficava em casa e mamãe fazia pipocas (que ela trocava com os feijões que cultivava nas glebas de terra cedidas pela Usina para fazer o rodízio de culturas) e um café forte e doce (o qual adoro até hoje). De longe (morávamos na rua 4, que desembocava na porta principal do campo de futebol da Usina Junqueira), ouvíamos os gritos da torcida e sabíamos como estava o jogo. Outra coisa de que me lembro é o serviço de alto falante do campo anunciando o jogo, sempre tocando as marchas do John Phillip Sousa. Depois, mudei-me para a pracinha da entrada da Usina, onde tinha sido o bar do Fausto, vizinho do sêo Antônio Daniel e da Donana, pais do Hugo (que hoje mora em Ipuã, aqui perto de Franca), da Lucy e da Wanda (casada com o Fausto). Hoje, vendo este futebol de mercenários, não me esqueço dos times da Usina, cujos jogadores trabalhavam a semana inteira, treinavam em alguns dias e ainda jogavam nos domingos, sempre dando o sangue dentro de campo, buscando as vitórias, sem a ganância que tornou o futebol hoje um negócio frio. Bons tempos aqueles...
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3 comentários:
Parabéns pelo aniversário. Vida longa prá você, amigo.
Luizinho Lucas
Parabéns pelo aniversário e continue escrevendo por muito tempo.
Um grande abraço
Luizinho Lucas
Obrigado, meu caro "usinense". Vamos ficando mais velhos, mais experientes mas, ao mesmo tempo, perdendo toda a agilidade (se é que eu já tive alguma) de anos passados... Infelizmente...
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