24 de setembro de 2010

E A EDUCAÇÃO?

Em dois dias sem carro acabei percebendo que a falta de educação generalizada é um dos males da sociedade moderna, que já vive sobressaltada pelo medo da violência, por uma saúde pública deficiente e por um trânsito com vários imbecis atrás do volante. Um gesto gentil e um sorriso com certeza faria a diferença em milhares de pessoas -- e não só para quem recebe; muito mais para quem faz. Obrigado a andar de ônibus, vi que as pessoas não se preocupam em seguir regras. Aqui em Franca, os coletivos têm um banco para receber obesos, idosos, mulheres grávidas ou com crianças de colo. Na terça-feira, nos dois coletivos que embarquei, pessoas jovens e saudáveis ocupavam este banco e eu tive que me espremer, no primeiro, em um banco com braço, o que me causou uma dificuldade extrema de sair do lugar e descer no ponto central. Ao tomar o segundo coletivo, surpresa maior: havia uma grávida mas que não estava no banco destinado a ela. No banco reservado, mais duas pessoas jovens no maior papo. Aí, tive que ficar em pé, equilibrando-me e à minha pasta para sustentar meus 180 kg. E o que é pior: ali na frente só tinha jovens e estudantes que até evitam olhar pra você, tentando ignorar que havia alguém em apuros. Até hoje estou com os dois braços doendo, já que os motoristas dos ônibus fazem as curvas sem nenhum cuidado e freiam de forma abrupta: o gordinho em pé que se lasque!!! Ontem, mais uma vez, fui de ônibus: no meu bairro, uma senhora bastante simples ocupou o banco que seria reservado a pessoas como eu. Ao me ver tendo trabalho em sentar num banquinho com braço que me espremia, imediatamente deixou o banco livre e foi se sentar no da frente. Sem que fosse preciso falar nada! No segundo, assim que entrei o cobrador já alertava que aquele banco seria destinado a mim. E o que é melhor: o motorista me conhecia e brincou comigo o tempo todo. Cheguei ao jornal mais disposto, trabalhei com mais facilidade, bem diferente do dia anterior. Porque a gentileza deveria ser inerente a todo ser humano para com seu semelhante. Porém, no Brasil, há coisas que se tenta até por lei, mas que não 'pegam'. Infelizmente.

5 comentários:

Adriano disse...

Fala meu nobre tempo que não passo por aqui, mas acabei de ler seu post sobre a sua "aventura onibulísticas" EHEHEHEH, vejo que a educação ou o melhor a falta dela, faz parte de uma sociedade FOLGADA isso sim, não há respeito com nada, as regras são criadas mas poucos são os que determinados que as seguem.

Mas sinceramente? Vc foi até ingênuo em esperar alguém lhe dá o lugar que é teu de direito. Porque não expulsou os jovens da cadeira? Eu teria feito.

Abraço

Sidnei Ribeiro disse...

Pois é: a educação que falta neles passa em mim... Todas as vezes que vou usar as cadeiras preferenciais (seja no cinema, seja no ônibus) tem que ser assim: reclamando. Os cinemas de Franca resolveram fazer uma cadeira mais larga e agora não tenho problema, mas nos ônibus a coisa é diferente. Aliás, só li o cartaz do assento preferencial na segunda vez que entrei e sentei no local. Senão, teria reclamado com o cobrador também.

Anônimo disse...

Meu amigo. Não é preciso discutir com ninguém nesse caso. Peça licença. Caso não tenha o retorno esperado, sente-se em cima deles. Garanto que o fato vai repercutir imediatamente por toda a Franca, antes mesmo do Commercio publicar. E quando você entrar num "busão", seu lugar vai estar garantido.
Um grande abraço.
Luizinho Lucas

Sidnei Ribeiro disse...

Sabe que pensei nisso? Mas logo vi que educação se aprende no berço e uma 'sentada' não iria fazer esse pessoal aprender a se portar, não é?

Anônimo disse...

André / Brasília / 23 anos

É realmente complicada essa situação..