15 de agosto de 2005

SEXO, NEM PENSAR...

Uma das grandes figuras que conheci no Spa Med Campus atendia pelo singelo apelido de Papai Noel. Se não me engano, era de Londrina, ou Curitiba, ou Maringá. Aliás, pode até ser de Goiânia, não lembro mais. Pois era uma figura extremamente simpática e vivia brincando, mas para terror dos pacientes gordinhos e esfomeados, carregava um álbum de fotografias apenas com fotos de comida: dono de restaurante, ele gostava de fotografar os pratos. Então, se divertia mostrando as fotos de porções de calabresa, torresmo, leitõezinhos assados, frangos na brasa e tudo o mais para quem tinha que se contentar com 300 calorias diárias divididas em três refeições. Um dia, estávamos na piscina, quando Papai Noel (que se vestia como para distribuir presentes para crianças carentes de sua terra) virou pro meu lado e falou: "Olha, Ribeiro (era como me chamava), com esta falta de comida a gente nem consegue pensar em sexo. Acabei se ver aquela menina (e apontou uma garota de Santos, muito bonita, de pele alva e poucos quilos a perder, trajando um biquini azul) saindo da piscina e, ao ver a costela dela, lembrei-me imediatamente da costelinha de uma leitoazinha". E caiu na gargalhada. E, do jeito que era, ao contar a história para a garota (que foi ao spa para "enxugar" a silhueta para o casamento), acabou ganhando uma inimiga: todo mundo na casa sede ouviu o grito: "LEITOA, EU?". Pois este Papai Noel deixou o spa, pesando ainda uns 180 quilos, chorando de alegria. Acontece que quando foi internado, estava perto dos 300kg e não conseguia nem andar... Ele é uma das pessoas que deixaram saudades e de quem nunca mais ouvi falar...

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