Para todos os que se sentem discriminados, abalados, deprimidos e subestimados... E para quem nasceu e quer conhecer histórias e personagens da Usina Junqueira. E com um pouco de humor, também, que ninguém é de ferro!
16 de agosto de 2005
HAMILTON, O GOLEIRO
Hamilton, "Pitcho" para os familiares, teve três fracos na vida: mulheres (que abandonou assim que encontrou a Conceição e se casou, advindo daí uma prole de quatro filhos), futebol (era goleiro no futebol de salão e só parou quando a idade cobrou a sua conta em forma de quilos a mais e disposição de menos) e a bebida (que acabou lhe passando a perna). Era o segundo filho de Sebastião e Altiva. Garoto e jovem, não se destacou. Aliás, na adolescência destacou-se com as garotas e com a sinuca, um vício que perdeu às duras penas. Foi um namorador contumaz e goleiro do time da Usina no futebol de salão. Lembro-me, ainda no final da década de 60, quando ele fraturou a clavícula numa jogada na quadra, mas não deixou a bola entrar. Ele era assim e gostava disso. Passou por maus momentos e também teve os ótimos. Seu romance com a Joana D'Arc, uma mulata de São Geraldo, que todos conheciam como Dako, foi assunto de muitas rodas. Trocava escola e trabalho por um bom namoro na praça da Usina. No começo dos 70 veio para Franca, onde veio a morrer, dois anos atrás. Vitimado por uma cirrose e uma pneumonia que resolveram não ceder. Deixou a esposa que ainda hoje reclama sua presença e quatro filhos (Randal, Rafael, Lílian e Rangel), além de três netos. Na minha lembrança vem a sua voz mansa, a sua teimosia ribeiriana e a tendência etílica. Hamilton ainda é lembrado por aqui como o goleiro do futebol de salão e do handebol do Amazonas. E também do Diário da Franca, jornal concorrente ao que trabalho, para o qual jogou na década de 70. Porque na de 80, ele veio comigo pra cá, defender as cores da nossa equipe. Quando parou, foi difícil encontrar um substituto. Até o time acabar...
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Um comentário:
oi...ao ler a historia de seu irmao lembrei do meu que tbm perdi a seis meses vitima da mesma doença...o que a bebida faz a um ser humano que tinha tudo para estar entre nos ainda ne...beijos...Hebe
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