21 de agosto de 2005

OS FANTASMAS DO RETÃO

A larga estrada que ligava a Usina Junqueira a São Geraldo (o retão) ficou famosa por causa das histórias de fantasmas, assombrações e entidades que a povoariam nas noites sem lua e na Quaresma. Uma das histórias, contadas pelo Babão, envolvia ele próprio. Ele contava que, numa noite de lua cheia, quando voltava de bicicleta de um baile da fazenda Campestre, ao chegar no retão passou a ser perseguido por um animal, aparentemente um cachorro ou lobo, que tentava abocanhar-lhe a perna. E afirmava que, mesmo com a lua clara, não conseguia ver o que rosnava e mordia a perna de sua calça. Ao chegar na entrada da Usina, no portãozinho que ficava quase na lateral do campo do Caçulinha, onde começava a iluminação, não havia nada. A fama do "Babão" como mentiroso era notória e ninguém sabe se meu irmão dizia a verdade. Um amigo dele, o Antônio dos Santos, contava outra história. Dizia que numa noite de lua (mas as árvores que ladeavam o retão diminuíam razoavelmente a visibilidade), ele retornava de São Geraldo quando passou a ser perseguido por uma entidade branca, que voava em sua direção, subia e descia. O forte vento que passava pelas árvores piorava ainda mais a situação, deixando o cenário mais macabro. O baixinho Antônio dos Santos, que de corajoso não tinha nada, "deitou o cabelo", como se dizia por lá. E quanto mais corria, mais a entidade o perseguia. Somente quando chegou na entrada da Usina, ali no campo, com a iluminação, ele disse que viu qual entidade o seguia: uma folha de jornal, que vinha sendo levada pelo vento. Dá para acreditar?

2 comentários:

Anônimo disse...

é.. nossa imaginação aprontado..rs..rs
Bjks

Anônimo disse...

oi...rsrsrsrs,ai.ai...correr de uma folha de jornal...nao da para acreditar...beijos...Hebe